sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ENGOLINDO SAPOS



Filho é sinômino de perguntas esquisitas e inesperadas o que eu podia responder quando minha filhinha de 2 anos, quis saber se o sapo que não lava o pé é aquele mesmo que não tem rabinho nem orelha?
Demorei perceber de onde tinha surgido aquela dúvida, ela explicou que ra das duas musicas. O sapo da 1° música não lava o pé, não lava por que não quer. O sapo da 2° música O sapo que mora na lagoa, não tem, não tem rabinho nem orelha.
Ali que estava sua dúvida anfíbia: Os 2 sapos são um só?Minha única saída a verdadeira história por trás daquela saparia musical.
Analisei, temendo pelo almoço pelos dentes pelas sandálias, escolinha e tal, declarei que o sapo era o mesmo.ela retrucou imediatamente: "conta a história do sapo papai". Pronto, eu estava lascado.
O jeito era inventar ali mesmo uma história praquele sapo.Sabe o que é filha? O sapo olhava o reflexo na água e via um sapo, mas as pessoas chegavam pra ele e diziam que ele não era um sapo, era um príncipe enfeitiçado. Juravam que um dia chegaria uma princesa, tascaria um baita beijo em sua boca e pronto: ele seria transformado em prícipe.
E ali estava o sapo-cururu, na beira do rio. (Já que ra pra misturar as músicas, tratei de enfiar mais uma na história.)Quando o sapo cantava, Sofia, é porque tinha frio. Mas era um frio no estômago, um medo de ser príncipe e não sapo.E ele gostava muito de ser sapo. Quando o sapo cantava, Sofia, é porque tinha frio na alma.
Comecei a ficar animado com o desenrolar da história, mas a Sofia não estava engolindo aquele sapo. Muito educada para dizer que a história não prestava, ela simplesmente avisou que estava com fome e ia almoçar. E eu fiquei ali, parado, olhos arregalados, feito um sapo jururu.

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